terça-feira, 17 de abril de 2007

A eternidade no coração do homem


Gosto imenso de um blog com um nome compridíssimo: "tens a eternidade estampada no rosto".
A Bíblia diz em Eclesiastes 3:11 que "Deus colocou a ideia de eternidade na mente(ou no coração) do homem."
Creio que grande parte de nós já sentiu ou experimentou esse anseio de eternidade, de transcendência. Em cada ser humano existe o instinto, o desejo de superar a finitude, a dor, o sofrimento, as angústias existenciais e o caos da morte.
"Quem não almeja a eternidade? Todos. Mesmo as pessoas que pensam em suicídio têm sede e fome de viver. Eles apenas querem exterminar a dor que estrangula a sua emoção e não a vida que pulsa dentro de si mesmas. Fazemos seguros, colocamos fechaduras nas portas, tomamos medicamentos quando doentes, desenvolvemos uma complexa medicina, ciências biológicas e agrárias, porque temos sede de viver."(1)

Quem é que nunca se sentiu encantado, extasiado ou comovido perante a beleza de uma paisagem, de um quadro ou monumento? Quem é que nunca chorou ou riu ao ver um filme, ouvir uma música ou ler um bom livro? "C.S. Lewis chamou «Gotas de graça» aqueles rumores de transcendência que ele experimentava quando ouvia música, lia mitologia grega ou visitava uma catedral. Todos sentimos esse anseio ás vezes: no sexo, na beleza, na música, na natureza, no amor.
De onde veio nosso senso de beleza e prazer? Para mim essa parece uma questão gigantesca - o equivalente filosófico, para os ateus, ao problema do sofrimento para os cristãos(...) G. K. Chesterton considera o prazer, ou eternidade no seu coração, o sinal que um dia o conduziu a Deus: Tinha surgido na minha mente uma vaga e esmagadora impressão de que, de alguma forma, todo o bem era remanescente de alguma ruína dos primórdios a ser guardado e mantido em lugar sagrado. O homem tinha resgatado o seu bem como Robinson Crusoé salvara os seus: este os tinha resgatado de um naufrágio. Tudo isso eu sentia, e a idade não me dava coragem para senti-lo. E todo esse tempo nem tinha pensado em teologia cristã" (2)

Os seguidores de Cristo, que exercem fé na Palavra de Deus e no sacrifício resgatador de Jesus, sabem por que "Deus colocou a eternidade no coração do homem"; sabem também que isso não é um sonho, mas que se tornou realidade por intermédio da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Ele é a "ressurreição e a vida" (João 11:25); "o caminho, a verdade e vida" (João 14:6).
Os verdadeiros seguidores de Cristo trazem "a eternidade estampada no rosto" como reflexo da fé, da esperança, do amor, da alegria de conhecer e seguir Aquele que os conduz a uma vida infindável, abundante e gloriosa.

(1) "O Mestre inesquecível", Augusto Cury
(2) " A Bíblia que Jesus lia", Philip Yancey

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