sábado, 29 de março de 2014

RESGATA-NOS



Resgata-nos de todos os medos e desconfianças

para que a vida floresça, de novo,
e amadureça todas as promessas que traz consigo.

José Frazão Correia "A Fé vive de afeto"

quarta-feira, 26 de março de 2014

AS MULHERES - GESTOS SIMPLES DO AMOR LOUCO





«É sempre possível a um homem aderir ao campo das mulheres, ao riso do Deus. Basta um movimento, um único movimento semelhante aos que têm as crianças quando se lançam em frente com todas as suas forças, sem receio de cair ou morrer, olvidando o peso do mundo. 

Um homem que assim sai de si mesmo, do seu medo, desleixando esse peso de seriedade que é peso do passado, um tal homem torna-se como alguém que já não aguenta no lugar, que já não acredita nas fatalidades ditadas pelo sexo, nas hierarquias impostas pela lei ou o costume: um menino ou um santo, na proximidade risonha do Deus - e das mulheres...

Ninguém mais do que Cristo voltou o seu rosto para as mulheres, como voltamos o olhar para uma folhagem, como nos debruçamos sobre uma água de riacho para aí colher força e gosto por continuar o caminho.

As mulheres são na Bíblia quase tão numerosas como as aves. Estão lá no início e estão lá no fim. Elas dão Deus à luz, vêem-no crescer, brincar e morrer, depois ressuscitam-no com os gestos simples do amor louco, os mesmos gestos desde o começo do mundo, nas cavernas da pré-história e bem assim nos quartos sobreaquecidos das maternidades.»

Christian Bobin, em "Um Deus à Flor da Terra"

segunda-feira, 24 de março de 2014

7º ANIVERSÁRIO


O blog festeja hoje o seu 7º aniversário de existência.
Graças a Deus, tem sido possível actualizá-lo, partilhando com regularidade novos textos e mensagens que encontro e me são dadas na peregrinação pelos caminhos da vida, pelas páginas dos livros...

Para mim, tem sido uma experiência gratificante de aprendizagem e partilha. 

O meu desejo é  continuar a contar com a vossa "presença" neste cantinho e, sempre que possível,  partilhar a Beleza, Mistério e desafios da Fé, da Esperança e do Amor de Cristo. 

Agradeço a todos os que por aqui passam, comentam e compartilham o que vai sendo partilhado.

Para mim, é uma espécie de vocação, que procuro cumprir com fé, amor, esperança, entrega, dedicação e com muito coração.

Que Deus me ajude e abençoe com o maravilhoso dom de saber tocar os vossos corações com palavras de sabedoria, esperança, fé e amor e que elas possam contribuir para o vosso crescimento na Fé em Cristo e a uma maior abertura e acolhimento do Seu Dom de Amor incondicional e abundante. 

sábado, 22 de março de 2014

VIDA E RELIGIÃO

«Muitos religiosos querem converter a vida à religião. Jesus propõe o contrário: converter a religião à vida. A religião não é senhora da vida, mas sim a vida é senhora da religião.» 
Elienai Cabral Junior

quinta-feira, 20 de março de 2014

“Quando o grande Antonio estava à beira da morte, ouviu um irmão que falava dele: ‘Ele foi tão grande como Moisés’. Então Antonio abriu um olho e disse: ‘Como você está longe da verdade, irmão. No além Deus não me perguntará: ‘Por que você não foi como Moisés?’, mas ‘Por que você não foi Antonio?’” 

(Apoftegma [Sentença] dos Padres do Deserto).

Graças a: http://matersol.blogspot.pt/

terça-feira, 18 de março de 2014



Me explica por que um olhar de piedade

cravado na condição humana
não brilha mais que um anúncio luminoso?

Manoel de Barros - Poemas Concebidos Sem Pecados

sábado, 15 de março de 2014

FERIDAS


«Charles Péguy, o escritor francês, contou a história de um homem que morreu e foi para o Céu. Quando encontrou o anjo que anotara as suas acções, este pediu-lhe: «Mostra-me as tuas feridas.»
Ele respondeu: «Feridas? Não tenho nenhuma.»
E o anjo disse-lhe: «Nunca pensaste poder haver alguma coisa que valesse a pena lutar por ela?»

Li em: "Ser Cristão para quê?" de Timothy Radcliffe

domingo, 9 de março de 2014

TANTA GENTE SEM CASA, TANTA CASA SEM GENTE


«Tantos contrastes habitam este mundo.
Tanta gente sem casa e tanta casa sem gente.
O número de sem-abrigo sobe. O número de casas vazias cresce.
Com tanta casa vazia, como entender que haja tanta gente na rua?
A finança manda? Esta finança já cansa!»

Li em: http://theosfera.blogs.sapo.pt/tanta-gente-sem-casa-tanta-casa-sem-2359717

quinta-feira, 6 de março de 2014

MENOS COISAS, MAIS CORAÇÃO



«Jesus relança o seu desafio por outra maneira de ser pessoa: não vos preocupais com as coisas, há outra coisa que vale mais. É o desafio contido na oração do Pai-nosso: o pão nosso de cada dia nos dai hoje.

Pedimos-te apenas o pão suficiente para hoje, o pão que chega para o dia a dia, como o maná no deserto, não a ânsia de mais. É o desafio do monge: conheço mosteiros que vivem assim, como aves e como lírios, diariamente dependentes do céu. Mas este desafio é também para todos nós, cheios de coisas e temerosos do futuro.

Não podes servir Deus e a riqueza. Não é a riqueza que Jesus tem em mira – com efeito, entre os seus amigos havia pessoas ricas e pobres – mas o que ele chama, em aramaico, “mammona”, que «não é a riqueza em si, mas a que está escondida, é avara, fechada à solidariedade e é fonte de injustiça» (papa Francisco), que torna a pessoa escrava, que lhe absorve o tempo, os pensamentos, a vida.

Não valerá a vida mais do que o alimento e o corpo mais do que o vestir?

Ocupar-se menos das coisas e mais da vida verdadeira, que é feita de relacionamentos, conhecimento, liberdade, amor. Queres voar alto, como uma ave, queres florir na vida como um lírio? Então deves desfazer-te dos pesos. Madre Teresa de Calcutá costumava dizer: tudo o que não serve, pesa!

Menos coisas e mais coração: não uma renúncia, mas uma libertação. Das coisas, da “tralha” que comanda os pensamentos.

Olha as aves do céu… Olha os lírios do campo… se a ave tivesse medo porque amanhã pode chegar o falcão ou o caçador, deixaria de cantar, deixaria de ser uma nota de liberdade no azul.

Se o lírio temesse a tempestade que pode chegar amanhã, ou se se recordasse do temporal de ontem, nunca mais floresceria.

Jesus observa a vida, e a vida fala-lhe de confiança e de Deus. E diz-nos: felizes os puros de coração porque verão a Deus e descobrirão um altar onde se celebra a comunhão entre visível e invisível.

Por isso, não vos angustieis, aquela angústia que tira a respiração, para a qual não existe nem festa nem domingo, para a qual não há tempo para quem se ama, para contemplar uma flor, uma música, a primavera.

Procura antes de tudo o Reino de Deus e estas coisas ser-vos-ão dadas por acréscimo. Não é moralista o Evangelho, não se opõe ao desejo de alimento e vestuário, dizendo: é errado, é pecado, não serve; mas diz antes, tudo isto o tereis, mas a uma luz outra.

«O cristianismo não é uma moral mas uma perturbadora libertação» (Vannucci). Liberta dos pequenos desejos para desejar mais e melhor, para procurar o que faz voar, o que faz florir, e coloca-te em harmonia com tudo o que vive. Ensina uma relação confiante e livre contigo próprio, com o corpo, com o dinheiro, com os outros, com as criaturas mais pequenas e com Deus.

Não vos preocupeis. Mas como digo isto a quem não encontra trabalho, a quem não consegue chegar ao fim do mês, a quem não vê esperança para os filhos? A solução não é feita de palavras:

«Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, e um de vós lhes disser:”Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome», mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará?» (Tiago 2, 15-16). Deus precisa das minhas mãos para ser Providência. Eu ocupo-me de outro, e então o Deus que veste as flores ocupar-se-á de mim.

Procura o reino, ocupa-te da vida interior, procura a paz para ti e para os outros, justiça para ti e para os outros, amor para ti e para os outros.

Menos coisas e mais coração! E encontrarás asas e liberdade.»


P. Ermes Ronchi

Fonte: http://www.snpcultura.org/menos_coisas_mais_coracao.html

terça-feira, 4 de março de 2014

UM CORAÇÃO QUE APRENDE A AMAR OS INIMIGOS


«Ouviste o que foi dito: olho por olho... Mas eu digo-te, se alguém te bate na face direita, dá-lhe a outra; desarma-te, não inspires o medo, mostra que não tens nada a defender, e o outro compreenderá o absurdo de ser teu inimigo.

Dá-lhe a outra face; não a passividade doentia de quem tem medo, mas uma iniciativa decidida: reata tu a relação, dá tu o primeiro passo, perdoa, recomeça, volta a coser corajosamente o tecido da vida, continuamente rasgado.

O cristianismo não é uma religião de servos que se mortificam, humilham e não reagem; não é «a moral dos fracos que nega a alegria de viver» (Nietzsche).

O cristianismo é a religião dos reis, dos homens totalmente livres, senhores das próprias escolhas diante do mal, capazes de neutralizar a espiral da vingança e inventar reações novas através da criatividade do amor, que não paga com a mesma moeda, que desconstrói as regras e traz felicidade.

Amarás o próximo e odiarás o teu inimigo. Mas eu digo-te: ama o teu inimigo. Jesus pretende eliminar o próprio conceito de inimigo. Violência produz violência, como uma cadeia infinita. Ele escolhe interrompê-la. Pede-me para não replicar nos outros aquilo que sofri. É assim que me liberto. Todo o Evangelho passa por aqui: amai-vos, porque de outra forma sereis destruídos. (...)


Ama os teus inimigos. Faz nascer o sol no seu céu; que não nasça frieza, condenação, recusa, medo. Podes fazê-lo, mesmo que pareça impossível. "Podes", e não "deves".

Podes amar até os inimigos, podes fazer o impossível, Eu dar-te-ei essa capacidade se o desejares, se mo pedires, e então continuarás no caminho da mudança interior, de te conformares ao Pai.»


P. Ermes Ronchi

Fonte: http://www.snpcultura.org/um_coracao_que_aprender_amar_inimigos.html

domingo, 2 de março de 2014

SABIAS?

«A tua vida não é para ti, somente para ti. 
O teu corpo não é para ti, somente para ti.
O teu amor não é para ti, somente para ti.
Nem o teu humor, nem a tua inteligência, 
nem o teu tempo, nem o teu dinheiro,
nem a tua casa…»

(Escola de Espiritualidade, Santiago de Compostela. Oração da manhã, dia 8 fev. 2014)

Graças a: https://www.facebook.com/graode.mostarda?fref=ts

INDAGAÇÕES SOBRE O CARPINTEIRO

“A árvore é força vertical da natureza, da terra em direcção ao céu. Tem a postura da espécie humana. Por isso o cego que Jesus curou em Bet...