«Os silêncios pertencem à sabedoria de Deus, incompreensível para a inteligência que só vê o horizonte.
Se Deus acudisse com frequência para resolver situações de sofrimento ou se manifestasse sempre de maneira sensível, como consolador das horas más, bem podíamos cruzar os braços nesta criação inacabada cujos acabamentos nos são também confiados.
Há milagres e graças extraordinárias que Deus faz e dá quando entende, na sua infinita sabedoria, que isso é o bem maior e mais universal, sobretudo nos humildes começos de um projecto de salvação ou quando pretende acordar para ela a consciência adormecida dos homens.
De resto, o chamamento à fé é proclamado à sombra de sinais evidentes, o que o torna tão difícil quanto libertador e responsabilizador.
Na obscuridade do silêncio, agravada por situações de sofrimento que levam o salmista a perguntar «meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste? As palavras do meu clamor não são por vós ouvidas» (Salmos 22, 1), o grande pedagogo da fé vai levando quem se entrega a uma fé mais pura. É a pedagogia pascal. Dela há-de jorrar vida em abundância - a vida eterna.»
(Luís Rocha e Melo, s.j., em "Se tu soubesses o dom de Deus")
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