«O único «deus» que pode disputar com Deus o Seu reinado sobre o coração do homem é o próprio homem (entendo-se por homem o «homem velho» enroscado sobre si mesmo, com as suas loucas ânsias de se apropriar de tudo e de exigir toda a honra e toda a adoração).
No fundo, ocorre um mistério trágico: o nosso «eu» tende a converter-se em «deus». Isto é: o nosso «eu» reclama e exige culto, amor, admiração, dedicação e adoração a todos os níveis, que só a Deus são devidos.(...)
Quando o interior do homem está liberto de interesses, propriedades e desejos, Deus pode estar nele sem dificuldade. Ao contrário, na medida em que o nosso interior está ocupado pelo egoísmo, não há já lugar para Deus. É um território ocupado.
Assim chegamos a compreender que o primeiro mandamento é idêntico à primeira bem-aventurança: quanto mais pobres, desprendidos e desinteressados somos, «mais» Deus é Deus em nós. Quanto mais somos «deus» para nós mesmos, «menos» Deus é Deus em nós. O plano está, pois, muito claro: «importa que Ele cresça e «eu» diminua» (Jo. 3, 30).» (Ignacio Larrañaga, em "Mostra-me o Teu Rosto")
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1 comentário:
Despojar de mim para que Ele viva...
Quantas vezes falaremos e ouviremos isso??
Até que se cumpra em mim, em ti, em nós!
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