«A vida hoje afastou-nos da natureza: as paisagens urbanas, com as suas florestas de betão, encerram a vida entre paredes eficazes, super-cómodas, é certo, mas o ar que respiramos por alguma razão se chama “ar condicionado”.
O que acredito é que precisamos de amplitude, de campos vastos a perder de vista, de viagens mais profundas que as da rotina. Precisamos perceber o silêncio das coisas, cúmplice do silêncio da nossa alma.
Precisamos da liberdade leve dessas horas inapreensíveis que passamos junto ao mar.
Há um poeta que diz: “Deus anda à beira d’água”. Não me admiro nada. A imensidão, o nome límpido, a alegria azul do mar são lugares onde Deus deixou o Seu toque.
Os caminhos marítimos para os outros continentes estão descobertos.
O que acredito é que precisamos de amplitude, de campos vastos a perder de vista, de viagens mais profundas que as da rotina. Precisamos perceber o silêncio das coisas, cúmplice do silêncio da nossa alma.
Precisamos da liberdade leve dessas horas inapreensíveis que passamos junto ao mar.
Há um poeta que diz: “Deus anda à beira d’água”. Não me admiro nada. A imensidão, o nome límpido, a alegria azul do mar são lugares onde Deus deixou o Seu toque.
Os caminhos marítimos para os outros continentes estão descobertos.
Falta, talvez, (re)descobrir o caminho marítimo para o porto secreto de cada coração.
José Tolentino Mendonça
José Tolentino Mendonça
2 comentários:
Simplesmente lindo!
Beijins!
Simplesmente, simples... e belo. Parabéns! E vou refletir um pouco sobre o "ar condicionado", condicionante, viciante e por aí vai... Vou tentar viver mais livremente, se não à beira-mar, mas quem sabe à beira-mato, à beira-verde, e coisa e tal. Rsrsrs... Grande inspiração, a nós contemplativos da natureza. Abraço fraterno. Lourdes.
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