terça-feira, 4 de agosto de 2009

CELESTE CÃO DE CAÇA

Dele fugi, noites e dias adentro;
Dele fugi, pelos arcos dos anos;
Dele fugi, pelos caminhos dos labirintos
De minha própria mente; e no meio de lágrimas
Dele me ocultei, e sob riso incessante.
Por sobre esperanças panorâmicas corri;
E lancei-me, precipitado,
Para baixo de titânicas trevas de temores abissais,
Para longe daqueles fortes Pés que seguiam,
Seguiam após mim.
Mas com desapressada perseguição,
E com inabalável ritmo,
Deliberada velocidade, majestosa urgência,
Eles marcavam os passos - e uma Voz insistia
Mais urgente que os Pés -"Tudo no mundo te atraiçoa quando tu me trais!...
Tudo foge de ti quando foges de Mim...
Ah, pobre cego e insensato!
Aquela treva que parecia envolver a tua vida
Nada mais era que a sombra de minhas mãos,
Estendidas para abraçar-te!

Francis Thompson

3 comentários:

Dulce Gomes disse...

Olá Paulo. Há em mim uma compreensão plena desta sua postagem. Também eu fugi, dei passos em frente, recuei, até sentir o abraço de Deus em mim, através dos seus sinais.
Quando o medo se manifesta em nós, paraliza-nos e não nos deixa ver nem sentir a sombra das mãos de Deus, sempre prontas para nos dar um abraço.
Abraço de paz.

Tania. disse...

nem sei o que seria de mim , se não fosse esse cuidado de Deus por mim.Ele cuida .

Pimentel Julio disse...

Muito obrigado....
Vi a mim em suas palavras,em ambos os textos, incrível.
Parabéns, as palavras nos trazem lembranças de um lugar ou uma maneira, a qual jamais desejamos estar ou voltar....
Grato.

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