Há dentro de mim, Senhor,
algo que me preocupa. Queria fazer grandes coisas.
Vejo a necessidade de dirigir
a minha vida por outros caminhos.
Sinto que deveria fazer algo mais.
Mas na hora da verdade,
muitas vezes a coisa fica-se por palavras.
Critico toda a gente
porque penso que as pessoas deviam fazer as coisas melhor.
Mas, na hora da verdade, não olho para mim mesmo,
sou incapaz de reconhecer que às vezes,
sou pior do que as pessoas que critico.
E o que mais me preocupa
é que me encontro num beco sem saída,
levo tanto tempo com bons desejos e poucas acções
que penso que nada vai mudar.
Costumo dizer como Santo Agostinho:
amanhã, amanhã, amanhã mudarei.
Mas o amanhã nunca chega
e quase sempre se converte noutro amanhã.
Quando escuto essas tuas palavras que dizem:
«Assim porque és morno - e não és frio nem quente -
vou vomitar-te da minha boca»,
sinto-me francamente mal
e penso que tenho de começar a dar algum passo;
que deveria delinear a minha vida a sério
e fazer uma opção clara por ti.
Faz, Senhor com que saia desta roda interminável,
faz, Senhor, com que saiba renunciar
às comodidades que me estorvam.
Faz, Senhor, que me atreva a andar pelo caminho estreito,
Faz, Senhor, com que seja o sal da terra e a luz do mundo.
Faz, Senhor, com que ame os meus irmãos como tu me amas.
Olha-me, Senhor, com carinho
e transforma-me numa pessoa nova
para que o meu coração de pedra
se converta num coração de carne como o teu.
Porque estou convencido de que a autêntica vida
e a autêntica felicidade só poderei encontrá-las a teu lado.»
Pedro Muñoz Peñas, em "Orar com Deus"
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