Brilhas nas obscuras margens do meu nome
Ouves a canção dos meus anos,
que por vezes é pedra, por vezes acorde iluminado.
Que nunca o mundo me pareça um lugar indiferente.
Que a chama da Tua presença ilumine tudo por dentro
e eu não queira, não possa dizer outra coisa
senão a maravilhosa transparência onde Te contemplo.
Ao irmos e virmos, somos o Teu mapa
desfalecendo, mas retomando a marcha,
pois sabemos que no fundo desta massa informe
colocastes, Senhor, o irresistível desejo
que a todos faz gritar: “Vem!”
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José Tolentino Mendonça
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