quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DE OLHOS BEM ABERTOS

«(...) Hoje a COMPAIXÃO pelos pobres tem que ter os OLHOS BEM ABERTOS… É que, de um momento para o outro, alguém que bem conhecemos passou a ter fome, envergonhada e silenciosamente, porque foi atirado para a margem do desemprego e, nós somos peritos em maneiras de acolher e ajudar que não libertam das margens quem está caído ou preso nelas… Temos maneiras de amar que põem a nu um amor unicamente meloso e sentimental.

E, um amor meloso e sentimental é um amor sem vitalidade que é capaz de dar muitas oportunidades sem dar, nem se dar a si mesmo, uma única oportunidade de mudança…

Não poucas vezes nos sentimos “desfeitinhos de pena” mas, em nós não há lugar a uma réstia de ousadia que nos leve a ter Fé no Homem, a ter Fé no “outro” que não é senão “este”, homem, mulher, velho ou criança, que temos à frente dos olhos e ao alcance das mãos.

Só um Amor de OLHOS BEM ABERTOS nos dá aquele golpe de asa  capaz de fazer descer Deus do Céu, de tirá-Lo do Templo e de ir ao Seu encontro no Homem, bem no Centro do Humano, nas linhas de fractura onde o Humano se move e se vive, na saúde, na alimentação, na dignidade, na justiça. Era por aí que Jesus andava e escandaliza.

É sempre Ele que nos aponta esse MODO TÃO ÚNICO DE AMAR - ENGENHOSO, CRIATIVO, NÃO JULGADOR, INCANSÁVEL, verdadeiramente HUMANO - a que chamamos COM-PAIXÃO!»

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