«Consideremos o Discurso da Montanha:
Primeiro ponto: a exigência é radical;
Segundo ponto: sois livres quanto à maneira de viver este radicalismo da exigência.
É esta a razão pela qual muitos homens têm medo da liberdade e reclamam instruções formais que Jesus não dá e se recusa a dar. Jesus mostra simplesmente a profundidade da liberdade do homem.(...)
Poderíamos dizer que não é Ele, Jesus, quem é exigente: somos nós quem o somos sem o sabermos. Somos nós que dissimulamos a nós mesmos as nossas próprias exigências, porque temos medo delas e tememos ter de ser homens, Jesus não faz mais do que nos revelar a nós mesmos. Ele descobre-nos a grandeza da nossa liberdade, arranca as máscaras que nos fabricámos com as nossas mãos, por medo e por egoísmo.
Ele diz-nos: tu vales mais do que pensas, a tua grandeza ultrapassa a consciência que tens dela. Vive de acordo com essa grandeza; quanta mais experiência fizeres dessa vida, mais darás conta de que és grande e de que essa grandeza é uma exigência. Descobrirás até onde pode conduzir-te a tua liberdade se recusares as máscaras.
A Lei nova, o cristianismo, não pode ser uma lista de instruções. Trata-se, com a ajuda de exemplos típicos, da revelação dos horizontes sem limites da grandeza humana. (...) É uma grandeza sem limites vivida na existência mais humilde e mais quotidiana. Horizonte sem limites no coração dos horizontes mais familiares: o lar, a vizinhança, o bairro, a profissão...
Jesus diz-nos tudo de que o homem é capaz na vida mais simples, com a condição de que seja o filho dum Deus que é Pai."
François Varillon, em "Alegria de Crer e Viver"
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2 comentários:
A experiência que venho fazendo em relação à liberdade tem sido muito gratificante. À medida que vou atendendo ao chamado do Mestre, mergulho cada vez mais num mundo maravilhoso. E ao contrário do que normalmente se imagina, este caminho não é absolutamente de cruz, mas é de uma leveza, de uma sensação de liberdade, de riqueza, de harmonia, que não há como não desejar o mesmo a todo ser humano. E imaginar que este é exatamente o presente do Pai para quem ouvi-lo. O ser humano é de fato de uma grandeza incalculável. Ele precisa descobrir-se.
O dilema é que esta descoberta se dá no desprendimento, na capacidade de colocar-se no outro, de projetar a vida para os próximos mil anos, eu no outro, sendo eu mesmo. Aqui temos a perspectiva de Cristo: vale a pena morrer hoje por causa de um Reino justo e ressurgir daqui há dois mil anos para colher os frutos. Isto é liberdade profunda. É usar a energia das carnes e dos ossos e transformá-la em idéias perfeitas, que se espalham pelo mundo e depois iluminam a humanidade para uma vida em liberdade, arrancando-a definitivamente das leis que escravizam. Como são sábios os planos do Pai!
lindo blog, sabia palavras honram a deus e edifica-nos.. parabens, deus te guarde sempre..
faça uma visita no meu tambem. apaz
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