domingo, 31 de maio de 2015

A CALIGRAFIA


Com o dedo escrevia as linhas

que desenharam as estrelas
no chão escrevia com elas
um enigma, um retrato, uma declaração
de amor que faltava inventar
a paixão de perdoar.
Como o céu de verão que arde
sem perder do azul a compostura
escrevia no chão, a luz na treva
um salmo, uma jaula aberta
para no ar a ave se alongar
uma velha estrofe da lei do coração.
Foi tudo o que escreveu na vida
um verso de Amor à sua altura.


J. T. Parreira

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