Há vidas, vivências e palavras que são testemunho fiel e próximo da nossa caminhada pessoal...
"Tarde te amei,
beleza tão antiga e tão nova,
tarde te amei. (...)
Tu estavas comigo e eu não estava contigo. (...)
Chamaste, e clamaste, e rompeste a minha surdez;
brilhaste, cintilaste, e afastaste a minha cegueira;
exalaste o teu perfume, eu aspirei e suspiro por ti;
saboreei-te, e tenho fome e sede;
tocaste-me, e abrasei-me no desejo da tua paz. " (Sto. Agostinho, em "Confissões")
«Eu perdi o meu coração no empoeirado caminho deste mundo;
Mas Tu o tomaste em Tuas mãos.
Eu buscava alegria e apenas colhi tristezas;
Mas a tristeza que me enviaste tornou-se alegria em minha vida.
Os meus desejos se espalharam em mil pedaços;
Mas Tu os recolheste e reuniste em Teu amor.
E enquanto eu vagava de porta em porta,
Cada passo meu me estava conduzindo ao Teu portal.»
(Rabindranath Tagore)
«Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti». (Sto. Agostinho, em "Confissões")
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
SE QUISERES...
Se quiseres podes curar-me
e amar tudo em mim,
amar tudo o que me dói.
Se quiseres podes tocar-me,
arrancar o meu coração só, e cheio de mim,
e limpar as minhas feridas.
Se eu deixar podes amar-me
e fazer abraços dos meus braços,
fazer caminho dos meus pés.
E com as minhas mãos magoadas…
…arrancar das pedras a alegria.
domingo, 26 de janeiro de 2014
A PAZ DE CORAÇÃO
«Nunca aceitar, no nosso quotidiano, ignorar a paz… A paz não é uma atitude de indiferença perante o mal e a injustiça; não é um tranquilizante diante da história. A paz, a paz de coração, exige-nos uma luta não violenta em favor do que é mais profundo em cada ser humano: a sua dignidade de ser único e irrepetível.» Grão de Mostarda
sexta-feira, 24 de janeiro de 2014
NUNCA DESACREDITAR A ESPERANÇA
«Nunca desacreditar, no nosso quotidiano, a esperança… A desesperança é uma atitude de descrédito para com a vida; conduz-nos ao fatalismo e acomoda-nos à desumanização.
A esperança é um caminho de decisões atuantes, pequenas luzes nas escuridões da vida, em favor da fraternidade universal.» Grão de Mostarda
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
NASCENTE
"Quando reconhecemos a nascente, transformamo-nos, naturalmente, num rio que vai levando água fresca a tantos lugares."
Carlos Maria Antunes, em "Só o Pobre se faz Pão"
sábado, 18 de janeiro de 2014
DOM E GRAÇA
"Achar que Deus se utiliza apenas das nossas habilidades, dons e talentos para promover seu Reino é delimitar drasticamente suas ações. Se há algo que Deus usa para manifestar sua graça e amor são os nossos vazios, imperfeições e cicatrizes. É justamente onde há trevas que Ele acende a luz"
Luciana Leitão
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
O MILAGRE DO ENCONTRO
«Quando acontece que, de facto, nos encontremos com alguém, sem termos de provar ou esconder nada, é de um milagre que se trata. Quando as palavras sinceras e os gestos generosos de Jesus se encontram com a desgraça e o desespero do leproso ou da prostituta, do paralítico ou da adúltera, a salvação já acontece. Na capacidade de Jesus de ceder o lugar e de dar a palavra a quem encontra no seu caminho, toda a realidade é tocada e retocada. (...)
A fé em Jesus não é menos do que a restituição de cada um à confiança elementar na existência. Porque, sem esta, não se pode viver senão no medo e na fuga, no ressentimento e na retaliação. (...)
A autenticidade da vida de Jesus restitui à verdade e à autenticidade da existência de cada um. (...) A fé desenha-se existencialmente como reconhecimento grato e assentimento confiado ao Deus-digno-de-confiança, fragilmente revelado como Abbá na história da liberdade que é Jesus de Nazaré.»
José Frazão Correia, em "A Fé vive de afeto"
domingo, 5 de janeiro de 2014
O DOM DIVINO
«O dom divino se destina a acender uma relação vital de acolhimento grato e de resposta franca, só possível na dádiva livre e no livre reconhecimento. O mais promissor traz consigo a maior fragilidade. Fora de um laço de vida, digno de aceitação e de resposta, Deus não quer ser para nós.
Não se quer impor como se impõem os poderosos (...) Quer ser livremente reconhecido como digno da confiança dos nossos desejos mais profundos e dos nossos afetos mais sinceros. (...)
O acolhimento grato do dom incondicionado que Deus faz de si em Jesus é, assim, o reconhecimento feliz de que o amor é a vida que, desde sempre e para sempre, nos faz viver. É a bênção das origens e o feliz destino das nossas biografias, a vitalidade dos afetos e a força íntima dos laços.
Porque vive de graça e de liberdade (de quem dá e de quem acolhe), a fé é dom frágil, assim como é frágil o modo de o partilhar com outros. (...)
Por isso, o sinal da fé não poderá ser a bandeira triunfante de um irresistível exército em marcha, mas, sim, o gesto desarmante do Filho que dá a vida, dando-se até à morte de cruz. (...)
O único recurso acessível à transmissão da fé é a fragilidade do testemunho. Tão arriscado. Tão desprendido. Graças a Deus.»
José Frazão Correia, em "A Fé vive de afeto"
Não se quer impor como se impõem os poderosos (...) Quer ser livremente reconhecido como digno da confiança dos nossos desejos mais profundos e dos nossos afetos mais sinceros. (...)
O acolhimento grato do dom incondicionado que Deus faz de si em Jesus é, assim, o reconhecimento feliz de que o amor é a vida que, desde sempre e para sempre, nos faz viver. É a bênção das origens e o feliz destino das nossas biografias, a vitalidade dos afetos e a força íntima dos laços.
Porque vive de graça e de liberdade (de quem dá e de quem acolhe), a fé é dom frágil, assim como é frágil o modo de o partilhar com outros. (...)
Por isso, o sinal da fé não poderá ser a bandeira triunfante de um irresistível exército em marcha, mas, sim, o gesto desarmante do Filho que dá a vida, dando-se até à morte de cruz. (...)
O único recurso acessível à transmissão da fé é a fragilidade do testemunho. Tão arriscado. Tão desprendido. Graças a Deus.»
José Frazão Correia, em "A Fé vive de afeto"
quarta-feira, 1 de janeiro de 2014
A CORAGEM DOS RECOMEÇOS
«Dá-nos Senhor, a coragem dos recomeços.
Mesmo nos dias quebrados faz-nos descobrir limiares límpidos.
Não nos deixes acomodar ao saber daquilo que foi: dá-nos largueza de coração para
abraçar aquilo que é. Afasta-nos do repetido, do juízo mecânico
que banaliza a história, pois a desventra de qualquer surpresa e esperança.
Torna-nos atónitos como os seres que florescem.
Torna-nos inacabados como quem precisa e deseja e antecipa um amanhã.
Torna-nos confiantes como os que se atrevem a olhar tudo, e a si mesmos,
com o encanto e a disponibilidade de uma primeira vez.»
José Tolentino de Mendonça
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