«Livra-me de ser um limite para o teu amor.»
«Nós crentes excluímos Deus, o Deus vivo, da nossa vida.
Tornámo-lo uma referência do passado, uma história já conhecida, um guião lido,
bem guardado na dobra do presente, uma espécie de arqueologia privada para um
uso monótono. (...)
Muitas vezes é isto a nossa religiosidade. Dizemos: Deus é
isto, o seu nome é aquilo. E Deus tem de ficar ali encaixado, submisso. E
passamos o tempo da nossa vida a dizer a Deus: «Tu não podes», «Tu não podes».
Este é o ponto fundamental da nossa conversão. Verificar, no fundo de mim, se
dou espaço para que Deus continue a dizer, para que Deus continue a estar, para
que Deus vá onde Ele quiser e não onde eu acho que Ele deve ir…»
José Tolentino Mendonça, in Pai-nosso que estais na terra
Sem comentários:
Enviar um comentário