Kierkegaard levanta uma questão inquietante: quem será mais
ouvido por Deus? Será aquele que sabe a doutrina toda, mas tem um coração mau?
Ou será aquele que, mesmo não sabendo a doutrina, tem um coração bom?
Ninguém tem dúvidas quanto à resposta. Jesus, quando apontou
para o essencial, disse para aprendermos com o Seu coração manso e humilde.
O fundamental é que apostemos na totalidade. É possível
(e, mais que possível, desejável) conhecer a doutrina e praticá-la.
Porque a doutrina leva a isso. Não é a doutrina que nos impede de ter bom
coração.
Às vezes, os ateus dizem não acreditar em Deus. Mas, no
fundo, não acreditam é naqueles que falam tanto de Deus, mas não vivem
segundo Ele.
Em boa verdade, o máximo que um irmão ateu pode dizer é
que não crê. Como é que ele pode decretar que Deus não existe?
No fundo, o que ele diz é que Deus não existe em tantos
que se dizem crentes. Portanto, somos nós que mais argumentos damos, tantas
vezes, para o alastramento da descrença.
Os problemas da Igreja são, cada vez mais, internos. De fora
vêm as interpelações. Mas é de dentro que emergem os obstáculos.
Estejamos atentos. E sejamos humildes. Não seremos nós mais
ateus do que muitos ateus?
3 comentários:
http://emmanuel959180.blogspot.in/2013/06/pope-says-all-who-do-good-will-be.html
Emmanuel, não compreendi muito bem seu comentário sobre o texto. Que perspectiva você acha que está errada? Que fé não parece católica? Vai contra que ensinamentos da Igreja e do Papa? Vai contra os de Cristo? Quem julga saber tudo e se amarra à letra dos textos descurando o espírito de amor e perdão?
Pode esclarecer-me melhor, por favor?
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