"Quando eu for grande, Pai, quero ser Bom como Tu.
Quando eu for grande, Pai, quero ter entranhas de misericórdia que se comovam, revolvam e resolvam diante do sofrimento dos outros.
Quero saber o Nome de muita gente, sobretudo daqueles que não têm Nome,
que perderam a cara ou a deixaram colada a alguma máscara antiga,
que deixaram a dignidade escondida numa cova qualquer
à espera do dia em que possam voltar a buscá-la.
Quero ter histórias para contar com gente que não conta para ninguém! (...)
Quando eu for grande, Pai, é porque finalmente perdi a mania das grandezas.
Vou amar o que é pequeno e encantar-me com a fragilidade,
entusiasmar-me com a dádiva e emocionar-me com a debilidade,
vou amar a carência e entregar-me inteiramente sem esperar recompensa."
Rui Santiago Cssr, in "Ora Vê"
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